Textos base:

“Então disse: Trazei farinha. E a lançou na panela, e disse: Tirai de comer para o povo. E já não havia mal nenhum na panela.”
(2 Reis 4.41)

“Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome, e o que crê em mim jamais terá sede.”
(João 6.35)

Ontem vimos que muitas vezes nós mesmos buscamos o veneno por falta de conhecimento.
Hoje vamos olhar para outra verdade:
Mesmo quando há veneno na panela, Deus já preparou o remédio.

Na escola dos profetas, o diagnóstico era claro:

“Homem de Deus, há morte na panela!”

Eles não romantizaram o erro.
Não fingiram que estava tudo bem.
Não chamaram veneno de tempero.

Reconheceram o problema, correram ao homem de Deus, e então Eliseu disse algo simples:

“Trazei farinha.”

Essa farinha não era mágica.
Ela apontava para algo maior que viria:
o trigo puro, o pão da vida, Jesus Cristo.

1. Deus não nos deixa sem remédio

Essa é a primeira boa notícia do dia:
Deus não expõe o veneno para nos humilhar, mas para nos curar.

Talvez hoje você olhe para a sua história e veja:

• Misturas na fé

• Influências erradas

• Decisões sem direção de Deus

• Dores produzidas pelas suas escolhas

Você percebe:
“Sim, entrou veneno na minha panela.”

Mas, antes mesmo desse veneno entrar, Deus já tinha preparado um remédio eterno em Cristo.

Jesus não é um “plano B”.
Ele é o plano eterno de Deus para:

• curar nossa mente

• restaurar nossa fé

• alinhar nossa doutrina

• sarar nossa história

2. O remédio de Deus não é uma ideia, é uma pessoa

Note que Eliseu não começa um debate dentro da cozinha:

• Não abre uma enquete: “Quem acha que está envenenado?“

• Não organiza uma votação: “Quem gosta do gosto da erva nova?”

• Não manda só jogar tudo fora e desistir de cozinhar.

Ele pede farinha e lança na panela.

Hoje, Deus faz algo semelhante conosco, só que agora em plenitude:
Ele lança Cristo sobre a nossa realidade.

O remédio de Deus não é:

• Um “jeito novo” de pensar

• Um truque emocional

• Um “evangelho gourmet” adaptado ao gosto da época

O remédio de Deus é uma Pessoa real:

“Eu sou o pão da vida” (João 6.35)

Quando Jesus entra:

• Ele corrige nossas crenças

• Ele cura nossos traumas

• Ele ajusta nossos valores

• Ele limpa a panela que nós mesmos sujamos

3. Não basta tirar o veneno, é preciso colocar Cristo no centro

Tem muita gente tentando resolver a vida apenas assim:

• “Vou parar com isso…”

• “Vou parar com aquilo…”

• “Não vou mais ouvir tal coisa…”

• “Não vou mais ver tal conteúdo…”

É importante tirar o veneno, sim.
Mas a panela não pode ficar vazia.

Deus não quer só te afastar do erro.
Ele quer te encher de Cristo.

• Não é só largar o falso evangelho, é abraçar o Evangelho verdadeiro.

• Não é só deixar o pecado, é assumir uma vida de santidade em Jesus.

• Não é só sair da confusão, é entrar numa caminhada de discipulado.

A farinha não foi usada para “apagar a panela”, mas para transformar o que estava dentro.
É isso que Jesus faz:

• Ele não joga fora a sua história

• Ele redime a sua história

• Ele entra nela e muda o sabor

4. O que significa, na prática, lançar “farinha de Cristo” hoje?

Para nós, como igreja e como família, “lançar farinha” é:

a) Trazer Jesus para o centro da mensagem

• Pregar Cristo, não só motivação.

• Ensinar a cruz, não só vitória.

• Falar de arrependimento, não só de conquista.

b) Trazer Jesus para o centro da vida devocional

• Ler a Bíblia não como livro de promessas soltas, mas como revelação de quem Ele é.

• Orar não só pedindo coisas, mas buscando conhecer o coração de Cristo.

• Adorar não por música bonita, mas por gratidão à obra da cruz.

c) Trazer Jesus para o centro da casa

• Decisões guiadas por “O que Cristo faria?” e não só “O que eu sinto?”

• Educação dos filhos construída no modelo de Jesus, e não no padrão das redes sociais.

• Conversas de mesa que exaltam o que Deus está fazendo, não apenas problemas.

5. A farinha que não acaba

A farinha de Eliseu resolveu aquele momento.
A farinha do Céu que é Cristo resolve para sempre.

• O sangue de Jesus não perde a validade.

• A cruz não envelhece.

• O Evangelho não precisa de atualização.

Quando a igreja mistura outras “farinhas” — ideologias, modismos, sincretismos — é porque, no fundo, está duvidando que Jesus é suficiente.

Mas Ele continua sendo:

• Remédio para doutrina confusa

• Remédio para família quebrada

• Remédio para coração endurecido

• Remédio para igreja cansada

Oração

“Senhor Jesus,
Tu és o pão da vida, o trigo puro do céu.
Reconheço que, muitas vezes, deixei entrar coisas na panela da minha vida que não vieram de Ti.
Hoje, eu Te peço: lança a Tua farinha sobre mim.
Cura o que o veneno estragou, corrige o que a ignorância deformou, purifica o que foi contaminado.
Sê o centro da minha fé, da minha casa e da nossa igreja.
Eu creio: Tu és o remédio eterno preparado por Deus para mim.
Em Teu nome, Jesus. Amém.”

Desafio de hoje (Quinta-feira)

1. Separe um tempo para ler João 6 (nem que seja em partes ao longo do dia).

2. Enquanto lê, pergunte:

   “Jesus, em que área da minha vida eu ainda não creio que Tu és suficiente?”

3. Escreva em algum lugar (caderno, celular) uma frase de entrega, por exemplo:

   “Jesus, Tu és o pão da vida também na área ‘X’ da minha vida.”

4. Ore por alguém da igreja que você sabe que está com “morte na panela” (confusão, frieza, desânimo) e peça:

   “Senhor, lança Tua farinha sobre a vida dele(a).”

Que nossa igreja conhecida, não por uma panela sem problemas, mas por uma panela onde sempre entra o trigo puro de Cristo, o remédio eterno de Deus.